FESTIVAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
O Encontro – Malcolm x E Martin Luther King Jr
Data: 20 de Novembro de 2021 | sábado, às 20h30
Tipo de evento: #Presencial + #Live no nosso canal no YouTube (youtube.com/TeatroPrudential)*
Presencial: Ingressos entre R$ 20,00 e R$ 40,00
Live: GRATUITO
Classificação: 12 anos
Duração: 80 min
* #Live no nosso canal no YouTube com doações por QR Code para o movimento “Negras Plurais” – uma rede de aceleração de negócios entre mulheres negras, que atua para dar visibilidade, impulsionar e incluir projetos no mercado econômico
Release
“O ENCONTRO – MALCOLM X e MARTIN LUTHER KING JR”
Texto expõe debate sobre rumos e estratégias pelo fim da discriminação racial fundamentados nas ideologias dos dois ícones norte-americano
Temática global e urgente, a luta contra a opressão, discriminação e exclusão dos negros na sociedade é o ponto de partida do espetáculo “O Encontro – Malcolm X e Martin Luther King Jr”. Dirigida por Isaac Bernat, a encenação narra, num encontro fictício de Malcolm X e Martin Luther King Jr. num hotel do Harlem, as diferentes ideias, atuações e estratégias dos dois maiores líderes negros de todos os tempos.
Primeira montagem brasileira, estreada em 2018 no Rio de Janeiro, o texto do norte-americano Jeff Stetson com tradução e adaptação de Rogério Corrêa não se restringe apenas ao lado político e histórico presentes nas trajetórias dos dois referenciais norte-americanos. O humano em ambos invade a cena e nos faz entender que, por trás de qualquer ideologia ou estratégia de ação, existe alguém com dúvidas, contradições, idealismo e paixão pela causa a que se dedica.
“Estamos diante de uma dramaturgia irretocável, contundente, terna e humana, que trata de questões como o racismo, a discriminação e a injustiça social, condutas que impedem a sociedade de ser justa e igualitária. As visões e as práticas de Malcolm e Martin têm muito a nos inspirar e ensinar neste momento onde a humanidade parece perdida e sem esperança. Aline Mohamad e eu estamos há anos tentando encená-lo e agora chegou a hora”, pontua Isaac.
Enfatizando a luta pelos direitos civis americanos no fim do século passado, o texto segue atual, uma vez que existe um debate dentro dos segmentos progressistas da população sobre como lidar com a desigualdade e a enorme segregação racial do Brasil, que se apresenta de forma mais sutil e insidiosa do que nos Estados Unidos.
“A montagem é importante neste momento porque vivemos um período de fortes polarizações e intolerâncias de diversas ordens. Nós, negros, ainda estamos em situações de muita desigualdade. Esse diagnóstico se tornou clichê, mas é uma realidade”, observa Izak Dahora, intérprete de Malcolm. “Ele era cerebral e estrategista e, ao mesmo tempo, instintivo e dono de uma intuição poderosa e uma força demolidora”.
Rodrigo França, que vive Luther King Jr., engrossa o coro. “Embora seja um crime, ainda temos uma tendência de escamotear o racismo, que no Brasil mata, fere, exclui e enlouquece. Esta montagem é mais uma para tocar nessa ferida. À medida que espetáculos trabalham essa temática, a gente contribui para a reflexão sobre esta realidade. Martin mostrou que vale a pena lutar e buscar uma sociedade mais igualitária e com mais equidade, sempre se valendo da diplomacia, cordialidade e pedagogia como ferramentas”.
Apesar de terem vivido na mesma época, historicamente os ativistas fizeram diferentes trajetórias e só se encontraram durante poucos minutos, num rápido aperto de mãos. Além disso, ambos foram assassinados na década de 1960 e com a mesma idade: aos 39 anos. Cada um, ao seu modo e com suas crenças, deu a vida por um ideal que continua sendo buscado em vários países, inclusive o Brasil, e deixaram marcas eternas na luta pelos direitos humanos.
SINOPSE
O que teria acontecido naquele quarto de hotel onde, por uma hora, dois grandes mártires negros que lutavam pela mesma causa, mas com atitudes completamente opostas, se encontraram?
O Encontro é uma peça de câmara, um recital e, apesar de se basear nas ideias, não se restringe apenas ao lado político e histórico presentes nas trajetórias de Martin Luther King e Malcolm X. O lado humano invade a cena e nos faz entender que por trás de qualquer ideologia ou estratégia de ação existe um ser humano, com dúvidas, contradições, idealismo e paixão pela causa a que se dedica.
SOBRE O DIRETOR
Isaac Bernat é ator, diretor, professor de interpretação no curso de Artes Cênicas da CAL e doutor em Teatro pela UniRio com a tese que resultou no livro “Encontros com o griot Sotigui Kouyaté” (Editora Pallas, 2013). Como ator, seus últimos trabalhos são: Agosto (dirigido por André Paes Leme); Céus e Incêndios (ambos dirigidos por Aderbal Freire-Filho); Cara de Fogo (dirigido por Georgette Fadel). Entre a peças que dirigiu destacam-se Carolina Maria de Jesus – EU Amarelo”, de Elissandro de Aquino; “Por Amor Ao Mundo – Um Encontro com Hanna Arendt”, e “Deixa Clarear”, de Marcia Zanelatto; e “Calango Deu – Os causos da Dona Zaninha“, de Suzana Nascimento. Recebeu o Prêmio Coca-Cola de Melhor Ator por “As Aventuras de Pedro Malazartes”; Prêmio Botequim Cultural de Melhor Ator e Prêmio Aplauso de Melhor Elenco por “Incêndios”; e o Prêmio Zilka Salaberry de Direção por “Lili, Uma História de Circo”.
SOBRE O TEXTO
A peça recebeu vários prêmios nos EUA, como oito Prêmios de Teatro da NAACP (1987); Prêmio para Dramaturgos Louis B. Mayer (1984); Prêmio Ohio State Achievement of Merit Award (1990), além de seis indicações para o Prêmio New York Audelco (1987).
SOBRE MARTIN E MALCOLM
Martin Luther King Jr. foi a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz, aos 35 anos, em 1964. Quatro anos depois foi assassinado, em 4 de abril de 1968, em Memphis, no Tennessee. Doutor em Teologia pela Universidade de Boston e Pastor de uma igreja Batista de Montgomery, no Alabama, Dr King, como era chamado, assim como Mahatma Gandhi, pregou a não violência como forma de protesto contra a segregação racial. Ele foi também, um grande ativista na luta contra a desigualdade econômica e as guerras, como a dos EUA contra o Vietnã.
De acordo com Manning Marable, o seu mais importante biógrafo, Malcolm X sofreu várias metamorfoses ao longo da curta vida. Nascido numa família pobre na pequena cidade de Omaha, no Nebraska, foi ladrão, agenciador de prostitutas e viciado em drogas antes de se tornar o grande líder muçulmano e preconizador de uma revolução mundial dos negros. O tempo passado na cadeia também deixou marcas profundas em Malcolm que, neste período, estudou muito e ao sair abandonou o crime, tornando-se um dos maiores oradores de todos os tempos.
FICHA TÉCNICA
Texto – Jeff Stetson
Tradução e adaptação – Rogério Côrrea
Direção – Isaac Bernat
Elenco – Drayson Menezzes, Izak Dahora e Rodrigo França
Músicos – Caio Nunes e Luíza Loroza
Direção Musical – Serjão Loroza
Assistência de Direção – Luíza Loroza
Assistência de Direção Musical – João Felipe Loroza
Orientação Científica – Lourenço Cardoso
Cenário – Dóris Rollemberg
Figurinos – Desirée Bastos
Fotos – Julio Ricardo
Vídeos – Caleidoskópica Produções – ClaraEyer e Elea Mercúrio
Programação Visual – Raquel Alvarenga
Idealização – Aline Mohamad e Isaac Bernat
Produção e Realização – Corpo Rastreado e MS Arte & Cultura
INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA
Assessoria Teatro Prudential – Sala Adolpho Bloch
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